quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pegadinhas exigem atenção na hora da escrita

A internet, a febre dos blogs, as redes sociais, o Twitter, o Meme e tantas outras possibilidades virtuais favorecem uma prática muito positiva: a escrita. Mesmo pessoas resistentes em registrar no papel ou na tela suas ideias acabam aderindo à mania nacional, mundial.

Escreve-se de tudo. E é super-legal que isto aconteça. Agora, não custa lembrar a necessidade de um pouco de atenção na hora de construir o texto. A Língua Portuguesa tem inúmeras pegadinhas. Por isso são frequentes os equívocos.

Um exemplo: expressões com a mesma sonoridade e grafia diferente (concerto - relacionado à apresentação de orquestra; conserto - o ato de fazer reparos, consertar alguma coisa). Percebe a confusão? Que a troca de uma letra altera o significado?

O problema é que nem sempre as pessoas tem dúvida, quando a consulta ao dicionário torna-se indispensável. Então usam a forma equivocada achando que está certa e aí, na maior parte das vezes, o leitor percebe. E pega muito mal.

Gera trapalhadas também a palavra paralisação. A grafia correta é com S. Porém tem muita gente por aí escrevendo paralização. Eu mesma, no início da prática de reportagem, cheguei a redigir assim. Em certa matéria, um redator me chamou a atenção para o equívoco. Nunca mais errei.

Não sou purista em relação à gramática até porque o excesso de regras só faz dificultar a escrita, além de apresentar outro problema: o tempo longo para incorporar as mudanças decorrentes da evolução da linguística, esta sim um processo bem dinâmico. Mas creio na possibilidade da construção textual sem equívocos de grafia e/ou de corcondância. É que isso ocorre naturalmente no processo da aprendizagem.

Como o advento da internet impõe a prática da escrita, em todas as áreas, seria muito bom que as escolas de nível superior dedicassem mais tempo ao ensino do Português. Talvez assim os alunos fiquem motivados a ler mais e escrever com maior atenção. (Foto: Regis Capibaribe)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Rosa menina

Longe do vento,
do sol, do chão
e da chuva,
ela emudeceu.
Tranquei
a rosa menina
no meu peito,
e ela reagiu.
Escondeu
as flores,
mudou o humor.
Foi seu jeito
natural
de chamar
atenção
e de gritar
para viver.
Hoje a rosa menina
não é só minha.
Ganhou
outro espaço,
outra alma
e sentiu
novamente
alegria de viver.
Com a força
da terra,
vibra ao sabor
do vento, do sol
ou da chuva.
A rosa menina
canta a liberdade
numa profusão
de flores e de cores.


Fonte: Sintonia - Caderno de Poesias e Crônicas /2002 Autora: Graça Filadelfo Republicada nesta terça (22) para lembrar a chegada da Primavera

Foto: Pedro Miguel Vagos Oliveira Olhares Fotografia Online



segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Mágico


Queria o poder
de atrair amores,
bailar a
varinha de condão,
abolir a solidão
que nasce em
cada coração.
Queria ser
a fada madrinha,
e impedir cada ser
de sofrer ou sentir dor.
Eu queria ser
o mágico dos mágicos
e num piscar
de olhos levar
alegria para
quem vislumbra
novo amanhecer,
flores e prazer.


Imagem: Regis Capibaribe

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Canto e encanto

Falo, canto,
de todo jeito
encanto.
Aqui, ali, acolá...
Com sotaque,
ou sem sotaque.
Nordestina sim,
baiana sim,
rodo aqui,
ali e acolá...
Falo, canto,
de todo jeito
encanto
no meu canto.
Nordestina sim,
baiana assim,
rodo aqui,
rodo acolá...
Com sotaque,
ou sem sotaque,
solto o verbo
além daqui
e ninguém
ouve meu canto.
Sem encanto,
resta o pranto
de quem perdeu o ninho
e procura um canto,
onde possa cantar,
de todo jeito,
e encantar,
seja aqui ou acolá...


16 de maio de 2003 (semana em que perdi um irmão).
A poesia foi feita durante o módulo
sobre diversidade linguística,

da Especialização em Gramática e Texto,
na Universidade Salvador-Unifacs

Imagem : Regis Capibaribe

sábado, 12 de setembro de 2009

Bienal do livro organiza encontro com jornalistas

A XVI Bienal do Livro Rio, que acontece até o dia 20 próximo no Rio Centro, organiza mais de 15 encontros com jornalistas brasileiros e estrangeiros. Entre as atrações nacionais estão debates com Daniel Piza, Maurício Stycer, Caio Túlio Costa, André Trigueiro, Humberto Werneck, Zuenir Ventura, Laurentino Gomes, Carlos Heitor Cony, Arnaldo Bloch, Ruy Castro, Ciro Marcondes Filho, Danuza Leão, Fernando Morais, Guilherme Fiuza, Ancelmo Gois, entre outros. Jornalistas internacionais também participam dos encontros.

Confira lista dos encontros:

12/09 – 17h - Mulher e Ponto- Polêmica e atualidade no discurso feminino - As questões da mulher deixam o livro e ganham visibilidade na mídia Patrycia Travassos e Márcia Tiburi - Mediadora: Isabella Saes

13/09 – 15h30 - Café Literário - Ética e responsabilidade no mundo contemporâneo Leonardo Boff e André Trigueiro - Mediador: Ivo Barbieri

13/09 – 19h30 - Mulher e Ponto - Blog é Livro? - O crescimento do livro virtual atrai escritoras e leitoras Clara Averbuck e Fal Azevedo - Mediadora: Cora Rónai

13/09 – 20h - Café Literário - Bastidores da ficção: a pesquisa do escritor Chris Bohjalian e Jair Ferreira dos Santos - Mediador: João Paulo Cuenca

17/09 – 17h30 - Mulher e Ponto - A Mulher Repórter da Vida - Em crônicas, memórias e reflexões, os melhores momentos da alma feminina Martha Medeiros e Rosiska Darcy de Oliveira - Mediadora: Sonia Biondo

17/09 – 18h - Café Literário - Escrevendo sobre Escritores Paula Dip, Humberto Werneck , Uelinton Farias Alves - Mediadora: Clarisse Fukelman

18/09 – 16h - Café Literário - Brasil ontem e hoje Laurentino Gomes e Isabel Lustosa - Mediador: Cristiane Costa

19/09 – 17h - Café Literário - Ficções e realidades nas visões de Brasil e EUA Larry Rother, Roberto DaMatta Mediadora: Regina Zappa

19/09 – 20h - Café Literário - Experiência de vida e sua recuperação pela escrita:impactos e repercussões Fernando Morais e Guilherme Fiuza - Mediador: Ancelmo Gois

20/09 – 17h - Café Literário - A política entre a ficção e a realidade Sérgio Rodrigues e Carlos Heitor Cony - Mediador: Marcelo Moutinho

20/09 – 20h - Café Literário - Biografando a canção Ruy Castro e Paulo César Araújo Mediadora: Guiomar de Grammont

Fonte: Portal Comunique-se

Foto: Regis Capibaribe

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

MEC promove Semana de Poesia e Literatura

Olha aí uma boa notícia para professores e estudantes de todo o País, que tem oportunidade de participar da programação da TV Escola, canal educativo do Ministério da Educação (MEC). Até 2 de outubro, os interessados podem enviar suas produções de vídeos para a 6ª Semana de Poesia e Literatura. Um dos objetivos é incentivar o trabalho autoral de docentes e alunos.

De acordo com informações do site do MEC, a Semana de Poesia estreia em 19 de outubro e continua até o dia 23. Durante toda o período, o canal exibe produções referentes a poesia, literatura, música e arquitetura. Os vídeos escolhidos tem espaço nos intervalos da programação. Já as melhores produções vão ser selecionadas para um especial, que deve ir ao ar nos dias 24 e 25.

As produções devem ser enviadas para a 6ª Semana de Poesia e Literatura, Rua da Relação 18, 4º andar, Centro, Rio de Janeiro (RJ), cep 20231-110. Os vídeos podem ter no máximo dois minutos de duração. Junto com o material precisam ser anexados o nome e telefone do aluno ou professor, além de dados da escola, nome do autor e título da poesia em folha à parte.

Um documentário inédito, produzido pela TV Escola, apresentará as influências francesas na cultura brasileira, em comemoração ao ano da França no Brasil. O filmereúne entrevistas com franceses e brasileiros, além de uma versão inédita da música Eu te amo, de Chico Buarque e Tom Jobim, cantada em francês por Miúcha, irmã de Chico e cantora importante da MPB.

Na última edição, em 2008, participaram 56 escolas de todo o País, com a colaboração de 544 alunos. A TV Escola pode ser sintonizada via antena parabólica (digital ou analógica) em todo o Brasil e no Portal do MEC. O sinal está disponível também nas tevês por assinatura DirecTV (canal 237), Sky (canal 27) e Telefônica (canal 694). (Foto: Regis Capibaribe)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Retrato


Viagem
ao céu, à terra,
ao mar.
Imagem
do que passou,
em busca
do que sonhou.
Ontem criança,
hoje mulher.
Lembrança
renasce.
Brincando,
cantando,
saltando.
Vozes, gestos.
Moldura de
um retrato
que a vida
suavemente
desenhou.

Foto: Regis Capibaribe